Eis o cartaz oficial da 6.ª Marcha de Viseu Pelos Direitos LGBTQIA+, que se realiza no dia 14 de outubro.
O cartaz inspirado no mote deste ano, “Pela justiça interseccional, contra a opressão estrutural”, é da autoria do jovem ilustrador Dany Ferreira. @verderevolto
“Ao desenvolver o cartaz da 6ª marcha pelos direitos LGBTQIA+ , tentei criar uma paleta imersiva que traduzisse com a maior fidelidade possível a diversidade que nos representa.
A nossa luta é cada vez mais um ato político e de resistência, mas tentei retirar-lhe a conotação negativa a que se lhe associa. Procurei sobretudo dar-lhe um toque de alegria e optimismo. Pensei - ‘quando olharem para o cartaz gostava que as pessoas esboçassem um sorriso e se sentissem automaticamente convidadas a fazer parte de uma luta que é de todes nós’.”, comentou Dany Ferreira sobre a criação do cartaz.
As pessoas LGBTQIA+ continuam a ser alvo de diferentes formas de opressão e discriminação que se entrecruzam com o racismo, o sexismo, o capacitismo, a orientação sexual e/ou características sexuais, entre outras. Esta opressão é estrutural, imposta por um sistema que ignora, invisibiliza, hierarquiza e mercantiliza a diversidade, criando narrativas que criam estigma e medo para com a diferença.
O caminho para a igualdade e não discriminação mostra ainda faltar cumprir-se nas escolas, nos municípios, no acesso à habitação, a cuidados de saúde e ao tratamento digno no local de trabalho. Ainda há muito a fazer no combate às ideias fascizantes que se criam na boca da extrema-direita populista. Lutamos, por isso, contra as várias formas de opressão e de exploração humana.
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O cartaz tenta evocar todas essas lutas, que se entrecruzam e afetam o poder de autonomia e filiação social de pessoas LGBTQIA+, como: o direito à integridade física e autodeterminação de género e sexual; o direito à habitação, saúde, trabalho e educação; a resistência anti-fascista e combate ao discurso de ódio; o empoderamento de pessoas com necessidades especiais; ou a veemente condenação do governo de Israel, pela ocupação e apartheid no território da Palestina. Condenamos a estratégia neoliberal de aproveitamento e esvaziamento político dos movimentos sociais que repercute em debandada nas grandes capitais internacionais. Condenamos o pinkwashing praticado pelo Estado de Israel e sua perseguição a pessoas LGBTQIA+ palestinianas, porque a luta de libertação Queer não é senão o reflexo da luta pelos direitos humanos.
O local da concentração da marcha e o percurso da mesma serão revelados em breve, assim como o programa da festa, que pela primeira vez se realizará no mesmo dia da marcha, a 14 de outubro, no Carmo 81.
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A Plataforma Já Marchavas mantém o seu espírito livre e aberto para a organização e participação deste movimento de cidadania. As reuniões são abertas a todas as pessoas que queiram fazer parte deste movimento e ajudar a construir a marcha.