Concentração - NÃO PASSARÃO! Contra o racismo e a islamofobia!
Concentração - NÃO PASSARÃO! Contra o racismo e a islamofobia!
há 10 meses
Largo do Intendente
Graça, Lisboa
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Está anunciada para o dia 3 de fevereiro, na cidade de Lisboa, uma mobilização de cunho profundamente racista e islamofóbico. Com o título “Contra a islamização da Europa”, um grupo fascista pretende invocar as táticas de grupos nazis e dos KKK através de uma marcha com tochas, fogo e cartazes desumanizantes, na rua do Benformoso, Martim Moniz e Rua da Palma, uma zona conhecida por abrigar uma expressiva população oriunda do Sul Asiático e de contextos islâmicos. Trata-se de uma ação violenta, com o objetivo de aterrorizar esta população, fazê-la sentir-se indesejada e propagar o ódio e o preconceito na sociedade portuguesa.

O facto desta agressão não ter sido bloqueada pelo poder público, que acredita que as mesmas forças de “segurança pública”, que têm no seu seio ideias e grupos de extrema direita, serão neutras e idóneas, revela o desprezo e a falta de cuidado no tratamento das pessoas migrantes residentes e/ou trabalhadoras na Rua do Benformoso e ruas circundantes.
Nos últimos meses vimos diversas situações de agressão e violência tendo como alvo a população do Sul Asiático [como o assassinato de um migrante indiano no passado 5 de Novembro], formas brutais de racismo ignoradas ou escondidas tanto pelo poder público, quanto pelos principais representantes da sociedade civil. Mais uma vez, corre-se o risco de pessoas migrantes serem abandonadas à sua própria sorte, depois de terem escolhido Portugal como país de residência.

Frente a mais um ataque, decidimos que não podemos continuar passivas. É necessário dizer “Basta!” a esta onda racista que cada dia ganha mais espaço no discurso público europeu e tenta agora infiltrar-se no território português. Os partidos políticos de extrema direita sentem-se cada vez mais à vontade, baseando-se em mentiras e desinformações para ganhar apoio, enquanto são legitimados e tolerados pelos partidos tradicionais em nome do “jogo político”. Posto isto, ressaltamos: As nossas vidas e a nossa humanidade não podem ser questionadas!

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