Evento com o objetivo de reflectir criticamente sobre o presente modelo de transição energética, movido essencialmente pelas mesmas lógicas industriais que resultaram na presente crise ecológica e promotor de projectos destruidores de paisagens e vivências comunitárias. Um exemplo das consequências deste modelo de “desenvolvimento sustentável” assente em expropriações e zonas de sacrifício é o Cercal do Alentejo, zona à volta da qual estão projectadas duas centrais de produção de energia fotovoltaica e uma mina de ouro, prata, cobre e outros metais. Mas há esperança: vários movimentos locais têm-se insurgido em defesa das suas comunidades, exigindo o direito à soberania nos seus territórios. Um exemplo de contestação local é o movimento Juntos pelo Cercal do Alentejo (JPC), que se tem mobilizado contra o ataque cercado à sua região.
Neste sentido, com o imperativo de estender solidariedades e irmanar lutas, o Minas Não Lisboa solidariza-se com este movimento, com quem em conjunto organiza no âmbito do Festival Umundu, uma conversa de esclarecimento sobre a situação do Cercal do Alentejo e sobre as lutas que têm sido travadas em Portugal contra a mineração e em defesa dos territórios. Em representação do JPC contamos com Kaya Schwemmlein, havendo depois um momento de partilha colectiva e microfone aberto.