Do Extractivismo Global à Resistência Local
Do Extractivismo Global à Resistência Local
há 1 ano
Smup Parede
Rua Marquês de Pombal 319 2775-265 Parede, Portugal
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A narrativa política de transição energética “verde” tem sido fundamental para branquear a violência de projectos empresariais que visam a expropriação massiva e a criação de zonas de sacrifício, num processo autoritário e hierarquizante muitas vezes movido contra a vontade das populações. Cria-se assim um “estado de espírito” de transformação da destruição em oportunidade, o que muito favorece a aliança entre governos, capitais transnacionais e interesses privados, que juntos fazem cerco a comunidades rurais com muito menos meios políticos e financeiros para se defender. O que frequentemente está em jogo é também um choque entre duas maneiras de olhar para a terra: geradora de vida, memórias, abundância e sustento futuro, de um lado, ou terra abstracta e descontextualizada, transformada em zona produtiva. Por tudo isto, os tempos que vêm trarão certamente o crescimento de lutas pela defesa à soberania local na gestão do território e mobilizações de protesto que, entre outras coisas, defendem a dignidade de meios comunitários e tradicionais de vivência e gestão do território.

Dia 23 de Outubro, na Cultura no Muro, às 17h, o Minas Não Lisboa dinamiza uma conversa de reflexão conjunta sobre a articulação violenta entre projectos transnacionais de extractivismo e resistência localizada, assente principalmente na experiência portuguesa e no contexto de mineração. Para isso vamos passar alguns vídeos relevantes, que abordam a questão também num prisma estatístico e global, para mais tarde passarmos a microfone aberto e pensamento conjunto. Até lá!