Scúru Fitchádu + Prétu
Scúru Fitchádu + Prétu
há 1 ano
Smup Parede
Rua Marquês de Pombal 319 2775-265 Parede, Portugal
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Entrada: 8€
Bilhetes disponíveis em www.seetickets.com

Em Abril não há mapa, não há progresso ou tempo. Corpo e movimento são o oráculo de novas possibilidades sonoras, abrindo espaço sobre o existente.
Inspirado nos movimentos revolucionários de libertação africana, e na dimensão subversiva da oralidade, Scúru Fitchádu regressa à SMUP com o seu novo álbum ‘Nez txada skúru dentu skina na braku fundu’.
Viagem sonora e visual à qual se junta o afronauta Prétu na procura de novos guerrilheiros frente ao metaverso imperial.

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Scúru Fitchádu

Scúru Fitchádu é Marcus Veiga, referência direta tanto à música cabo-verdiana como de matriz africana, dentro de uma estética punk e eletrónica disruptiva onde se alinham influências e cruzamentos tão díspares e de diferentes universos musicais. É o resultado das vivências de um afrodescendente de pai cabo-verdiano e mãe angolana, nascido em Portugal e que acumulou estímulos artísticos e de vivências geográficas variadas.

Scúru Fitchádu nasce em meados de 2016, com o EP homónimo "Scúru Fitchádu", seguindo-se múltiplas apresentações pelo país, assim como as primeiras internacionalizações. Em Janeiro de 2020 é lançado o primeiro longa duração intitulado "Un Kuza Runhu" [Uma coisa ruim], adensando a exploração e cruzamento distinto de sonoridades.

Em Janeiro de 2023 lança o seu mais recente trabalho "Nez txada skúru dentu skina na braku fundu" [Nesta achada escura dentro da esquina num buraco fundo], obra conceptualmente inspirada nos movimentos revolucionários de libertação africana, nos seus intervenientes, nas suas diretrizes e legados, sendo estabelecido um paralelismo dessa mesma temática com uma interpretação poética do atual espetro urbano. Este disco, cuja sonoridade aspira a novas metas experimentais, tem forte incidência na oralidade, com versos subversivos e de protesto. Contém participações de Cachupa Psicadélica em "Mar Brabu", O GAJO e Henrique Silva (Acácia Maior) em "Korre Manuel".

Prétu

Prétu é um afronauta numa viagem sónica e visual pelo seu cosmos sampladélico, parando em estações à procura de viajantes que queiram fugir do metaverso imperial, previsível e vigiado.

Usa o sampler como anacronizador para dissolver o Relógio do Mestre. O tempo é encolhido, esticado, acelerado e desacelerado, corrido em várias direções, sobreposto, loopado, espiralizado, warpado.

O velocímetro deste Objeto Sónico Não Identificado marca BPMs variados. Samples são a ignição. Poliritmos acústicos e electrónicos aceleram partículas e os sintetizadores, misturados com delays, reverbs e distorções, abrem fendas entre géneros +e criam portais que atravessam dimensões. Não existe gravidade. Quem precisa de chão não embarca. Fragmentos de electrónica, dub, morna, batuku ou colaboi chocam, colapsam e da, poeira estelar, e da chuva cósmica, nasce a música.
Não há mapa. Navega-se à vista através de tecnologia ancestral africana em busca da profetizada “Strela Negra”. Por vezes com co-pilotos, às vezes sozinho. Porém, há uma entidade, que se materializa aleatoriamente no cockpit, usando o corpo e o movimento como oráculo.

Mensagens disponíveis no arquivo cósmico africano são intuídas, descarregadas, reinterpretadas e oralizados em diversos fluxos e linguagens. Retransmitidas à procura de chegar a guerrilheiros de outros quadrantes na luta contra o colonialismo e o império, que depois da terra e dos corpos colonizou a consciência com o algoritmo. No multiverso de Prétu “A Luta Continua”.