No contexto do centenário do Nascimento de Amílcar Cabral, dos 75 anos do desastre da Assistência em Cabo Verde (que vitimou centenas de famintos produzidos pelo regime colonial), dos 50 anos de 25 de Abril e do encerramento do campo de concentração do Tarrafal e, considerando as lutas contemporâneas dos povos africanos na África e na diáspora contra sistemas de opressão internas e externas, em conjunto com o Muvimentu Federalista Pan-Afrikanu - Kabu Verdi que organiza uma Grande Marxa pela África na cidade da Praia, decidimos assinalar o dia de África este ano com uma grande manifestação em Lisboa, no Rossio, sob o mote UNIDADI I LUTA no dia 25 de maio, dia da Libertação de África.
Esta manifestação é um apelo à unidade entre todos os povos oprimidos e uma afirmação da nossa solidariedade combativa para com os povos do Sahel, do Congo, do Sudão da Palestina, com os nossos irmãos que estão neste momento acampados. nos nos Anjos em Lisboa , com todas as pessoas migrantes vítimas de xenofobia, racismo e afrofobia, e com todo o sul global em luta.
Convidamos todas as organizações anticapitalistas e anticolonialistas de Portugal, organizações que se reveem na fraternidade dos povos, a serem parte desta iniciativa panafricana, internacionalista.
Temos afirmado que: O 25 de abril nasceu em África. Acreditamos também que existe uma África aqui em Portugal que, não obstante, a sua invisibilização, continua a contribuir para manter viva as conquistas de abril e que tem participado ativamente na construção de novas possibilidades revolucionárias.
Hoje mais do que nunca, faz-se necessário ouvir a voz desta África, participar com ela neste processo de fazer povo.
“Nu sta djuntu nu sta fórti” é uma afirmação política, uma chamado à ação.
De Cabo Verde a Lisboa, nu labanta, nô Ranka, Nô Pintcha!
Dia 25 de maio pelas 15 horas, em Lisboa, no Rossio