Estamos a assistir a um genocidio em direto. Enquanto milhões de pessoas saem à rua por todo o mundo para exigir um cessar-fogo imediato e o fim à ocupção, os nossos representantes políticos solidarizam-se com o "direito à defesa" de um estado colonial de apartheid que há mais de 75 anos que pratica limpeza étnica através do roubo de terras, destruição de aldeias, humilhação, tortura e morte do povo palestiniano. Só desde 7 de outubro, já matou quase 12 mil pessoas, incluindo quase 5 mil crianças. Não aguentamos mais esta chacina. Não aguentamos mais imagens de corpos abandonados nas ruas como se lixo fossem, de pessoas presas por debaixo dos escombros, de famílias inteiras destroçadas e apagadas do registo civil. Não aguentamos mais tanta morte, tantos gritos, tantas lágrimas, tanto desepero. A situação é insustentável. E se concentrações e marchas não são suficientes para nos fazermos ouvir, encontraremos outras formas de protestar.
Na próxima terça-feira, dia 21 de novembro, das 18:00h às 19:00h, convidamos toda a gente para se juntar a nós numa assentada popular (em inglês, "sit-in") em frente às cancelas do metro do Cais do Sodré, em Lisboa. Interrompemos a ordem natural do dia-a-dia e da rotina porque é necessário interromper o silêncio e a cumplicidade do ocidente face aos crimes de guerra e violações de direitos a que estamos a assistir.
Fazemos isto porque as pessoas palestinianas também gostavam de poder voltar a casa no fim de um dia de trabalho para pôr a conversa em dia com amigues, jantar com a família, brincar um pouco com as crianças, ou mesmo ver um filme no sofá e relaxar um pouco antes de ir para a cama. Mas lá só lhes espera a morte. Por isso, dia 21, protestamos em solidariedade com o povo palestiniano e para fazer ouvir as nossas exigências:
Exigimos um cessar-fogo imediato.
Exigimos o fim à ocupação sionista.
Exigimos a aplicação de sanções internacionais ao estado de Israel.
Exigimos o corte das relações diplomáticas entre o estado português e o sionista e o desmantelamento da embaixada israelita.
Palestina livre já!