O Curdistão está sob ataque | Jin Jiyan Azadi - Mulher Vida Liberdade
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há 2 anos
Largo Camões
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O Curdistão está sob ataque, é urgente defender!

A nação Curda, dividida em 4 pelos estados ocupantes e

opressores do Irão, Iraque, Turquia e Síria, está sob um ataque

bárbaro e genocida.

O estado Turco, em guerra permanente com os Curdos dentro das

fronteiras deste país colonizador, volta a atacar de uma forma

coordenada civis e militantes do Movimento de Libertação Curdo nas

montanhas do Iraque (Bashur) e nas regiões Norte e Este da Síria

(Rojava). Bombardeamentos diários que visam aterrorizar as

populações, destruir as redes energética e de abastecimento de água,

e desestabilizar a segurança nas prisões onde se encontram os

últimos elementos do Estado Islâmico derrotado pela coragem e

determinação das Unidades de Defesa Popular e Feminina (YPG e YPJ).

Depois de várias tentativas bloqueadas pela pressão internacional,

a justificação dada para esta nova ofensiva vem do atentado feito no

passado dia 13 de novembro, numa avenida movimentada de

Istambul. O regime turco imediatamente fez desse ataque uma

justificação para acusar todos os seus inimigos, reais ou imaginários,

de terrorismo, culpando pelo ataque os curdos, os gregos, a esquerda

sueca e as mulheres iranianas, antes de se focar em Rojava como o

alvo da sua ira. Ao mesmo tempo, abafa e censura todas as provas de

que, na realidade, tenha sido um aliado seu que tenha levado a cabo

esse ataque. Fica claro: o ataque serve apenas de desculpa para levar

a cabo uma ofensiva que, mesmo sem este, seria levada em frente,

face a uma popularidade em declínio e com eleições presidenciais e

parlamentares a chegar. Erdogan tenta desesperadamente ser reeleito

à custa de vidas curdas.

Simultaneamente, o estado teocrata e autoritário do Irão responde

com um aumento da violência repressiva ao levantamento popular que

nasce depois da morte da jovem curda Jihna Mahsa Amini. A revolta

que vai para o seu 3° mês e teima em não descer de tom, enfrenta

diferentes reações conforme as regiões: como disse o filho de um

mártir desta revolta, "em Teerão o regime é fascista, no Curdistão o

regime fascista é colonizador".

E o regime islamo-fascista Iraniano não se limita a oprimir o

Curdistão intrafronteiras (Rojhilat) mas à imagem da Turquia

bombardeia as comunidades exiladas no Curdistão ocupado pelo

Iraque.

E assim chegamos a novembro de 2022, com todo os quatro

cantos do Curdistão a serem asfixiados pelas armas químicas turcas

(ilegais segundo as convenções internacionais), pelos drones e

bombas Turcas e Iranianas, apoiados pelas tropas jihadistas de ex-

combatentes do Estado Islâmico.

A nós que à distância sentimos e ouvimos os apelos à resistência

que nos chegam do Curdistão, toca-nos amplificar as suas vozes e

multiplicar a sua resistência em cada canto do mundo. Não deixemos

dormir descansados aqueles que promovem o genocídio, e não

deixemos sós este povo que com os seus atos de digna resistência

nos inspiram a todes que lutamos por um mundo mais justo.

Bijî berxwedana ⍟ Viva a Resistência

Bijî Kurd û Kurdistan ⍟ Vivam os Curdos e o Curdistão

Jin Jiyan Azadî ⍟ Mulher Vida Liberdade

Plataforma de Solidariedade com os Povos do Curdistão

Email: portugal4rojava@gmail.com

Twitter: PlataformaCurd

Instagram: PlataformaSoli_Curdistão

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